Conto – Conheço meu Assassino – Capítulo IV

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Conheço meu Assassino

IV

A policia, que no inicio não se importara com a historia, baseada somente em relatos religiosos, tinha registros de um crime que se assemelhava muito as descrições do garoto. Nem todo policial ali era corrupto ou não se importara. O ponto fora da curva viu a oportunidade e se impôs na responsabilidade de resolver este impasse, o que deu inicio a uma investigação pessoal. Que justiça a gente tem, que justiça nós queremos? Ele vivia com esta pergunta e mantendo essa política perversa para os abutres busca fincar as grades no lugar certo.

— Você não pode estar falando serio. — O policial olhava para o parceiro com um tipo melancólico de desprezo.

— Por que não? — O outro conhecia o motivo da reação de seu colega, mas não entendia como aquilo se formara na sua cabeça.

— Uma historia criada por uma criança, provavelmente deve ter sido somente fruto de sua mente, não pode ser motivo e nem pretexto para uma investigação policial seria. Sua religiosidade não pode interferir em assuntos oficiais e públicos. — Disse, tentando dar um fim de vez na conversa.

— Sou religioso sim, mas a sociedade tem perguntas, e perguntas que nós envolvem, com ou sem ceticismo temos o dever de respondê-los, oficialmente. — Falou dando as costas para o amigo e pegando uma pasta que trouxera de casa. — Além disso, os relatos do garoto batem perfeitamente com um dos casos que investigamos, peguei o arquivo ontem e passei a noite trabalhando nele. Vou apresentar para o capitão. Se você quiser pode ler. — Falou esticando a pasta para o peito do policial.

— Se você tiver razão e os crimes forem os mesmos, com provas irrefutáveis, ainda assim deve haver uma resposta logica para tudo isso! Como pode ter certeza que as falas do garoto são realmente dele, sabe como crianças são muito propensas à manipulação.  — Aconselhou empurrando a pasta de volta, e continuou saindo da sala. —

Aquele policial ficou com uma pulga atrás das orelhas, mas ainda acreditava que algo não natural pudesse estar agindo ali.

A próxima hora passou rápido para ele, sua revisão no seu trabalho o tirara da rua neste expediente. A cidade estava parada, quase não houve crimes, mas muitas equipes de jornalistas de muitos canais nacionais e até representantes internacionais chegaram na cidade com sua caravana de carros com antenas gigantes em cima.

Tomou alguns copos de café antes do capitão chegar na delegacia. Ele foi diretamente para sua sala e bateu a porta. O policial o seguiu e bateu na porta.

— Seja quem for essa não é uma boa hora. — Exigiu o capitão, com a cabeça apoiada sobre as mãos na mesa.

— È sobre um caso. — Gritou o policial do lado de fora.

— Mas que caso droga! Há quer saber, entre logo e desembucha. — Exclamou o capitão.

O policial entrou com a pasta sobre o braço e parou em frente ao chefe.

— Vamos fale logo.

— Certo senhor; Como toda esta historia que esta acontecendo na cidade e com os detalhes que o garoto dera, lembrou-me de um caso, outro mês, reaberto para investigação…

— Não enrole, fale logo. — Agora o capitão, ainda com raiva depois do inferno que passou com os jornalistas, em busca de informações, estava vendo um paliativo se formar, seja para comprovar ou desmentir, ele só queria dar uma resposta e se vê livre, e não mais queria calar o policial, mas ouvi-lo.

— Eu acho que os casos são os mesmos. E tenho provas contundentes para isso.

Os dois sentaram e conversaram.


——  Marcos G Plymouth

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